90% da população mundial
tem preconceito contra as mulheres, diz ONU
O Brasil é um dos
piores países da América Latina, chegando a 89,50%
CartaCapital
O Programa das Nações
Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) analisou 75 países, que representam 80% da
população global, e concluiu que nove a cada dez pessoas, inclusive mulheres,
têm preconceito de gênero.
Estes preconceitos
incluem que os homens são melhores políticos e líderes de negócios; que ir à
universidade é mais importante para os homens; ou que deveriam ter um
tratamento preferencial em mercados de trabalho competitivos.
Os países no topo da
lista são Paquistão, onde 99,81% têm ao menos um preconceito em relação às
mulheres, Qatar e Nigéria, ambos com 99,73%.
Os países com população
menos sexista são Andorra, 27,01%; Suécia, 30,01%; e Holanda, 39,75%.
Em França, Reino Unido e
Estados Unidos, os índices de quem tem ao menos um preconceito sexista são de
56%, 54,6% e 57,31%, respectivamente.
Na Espanha, o percentual
é de 50,50%.
Na América Latina, a
pior situação ocorre no Equador (93,34%), seguido por Colômbia (91,40%), Brasil
(89,50%), Peru (87,96%) e México (87,70%).
Argentina, Chile e
Uruguai se situam entre 75,4% e 74,6%.
Os números revelam
“novas pistas sobre as barreiras invisíveis que as mulheres enfrentam para
obter a igualdade”, apesar de “décadas de progresso”, destaca o relatório.
“O trabalho tem sido
eficaz para garantir o fim das brechas na saúde ou na educação, mas agora deve
evoluir para abordar algo muito mais desafiante: um viés profundamente
arraigado, tanto em homens como em mulheres, contra a igualdade genuína”, disse
o administrador do PNUD, Achim Steiner.
A agência pede aos
governos e instituições que trabalhem para mudar estes preconceitos e práticas
discriminatórias através da educação.
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