PSG é muito inferior ao
Bayern coletivamente, mas tem dois craques
Time francês tem de aproveitar chances que outros rivais desperdiçaram
Tostão, na Folha de S. Paulo
Bayern e PSG decidem o título
europeu. Se Mbappé, após um passe de Neymar, receber a bola à
frente, nas costas dos defensores adiantados do Bayern, como ocorreu nos
primeiros minutos das vitórias do time alemão sobre Barcelona e Lyon,
provavelmente Mbappé, com sua técnica e velocidade, poderá fazer o gol e mudar
a história do jogo.
O
Bayern de Munique, na prancheta, joga no 4-2-4 dos anos 1960, com quatro
defensores, dois no meio-campo e quatro atacantes (dois pelo centro e dois
pelas pontas). Os laterais e os armadores também avançam.
É uma avalanche sincronizada, com passes rápidos em direção ao
gol.
O
PSG, coletivamente, é muito inferior
ao Bayern, mas tem Neymar e Mbappé, dois craques.
O
time, contra o alemão RB Leipzig, jogou com um trio no meio-campo, mais o
argentino Di María pela direita, que avançava e voltava para marcar, formando
uma linha de quatro no meio-campo, além de Neymar e Mbappé próximos um do outro
e mais perto da área.
Independentemente
do que acontecer, Neymar continuará
sendo um jogador espetacular, e Lewandowski não deixará de ser o melhor
centroavante do mundo na atualidade, mas longe de ser o melhor jogador do
mundo, o que até poderá ocorrer, neste ano, pelo enorme número de gols marcados
e se o Bayern for campeão.
Neymar ainda não ganhou o título de melhor do mundo, porque teve
problemas de contusões em jogos decisivos da seleção e do PSG e
porque atua na mesma época de Cristiano Ronaldo e de Lionel Messi. Neymar, De
Bruyne e Mbappé são os maiores, fora o argentino Messi e o português Cristiano
Ronaldo.
Ainda mais decisivos que a estratégia de jogo são os craques.
Ainda mais decisivos que a estratégia de jogo são os craques.
Existe
uma adoração, um fetiche, pela tática, como se ela explicasse todas as atuações
e todos os resultados. Alguns jovens comentaristas se acham um genial Rinus
Michels, um Guardiola,
um Klopp, um Tim, técnico brasileiro dos anos 1960.
O
jogo é muito mais decidido no campo, pela lucidez, pelas escolhas e pela
técnica dos jogadores, do que pela prancheta.
No
Campeonato Brasileiro, a maioria das equipes desagrada não somente porque há
muitos espaços entre os setores, pouca aproximação para trocar passes, pressão
para recuperar a bola mais perto do outro gol e tantos outros detalhes táticos,
mas, principalmente, porque o nível individual é fraco, pelo prestígio e pela
história do futebol brasileiro.
De vez em quando, ocorre um brilhareco, todos aplaudem e,
depois, tudo volta ao habitual.
O São Paulo não
tem jogado mal somente por causa do técnico Fernando Diniz. Falta mais
qualidade individual na maioria das posições. Pato não tem nem nunca teve um
grande talento, mas, sem ele, fica pior.
O
mesmo ocorre com o Corinthians e com outros grandes times brasileiros, com
exceção do Flamengo do ano passado, da inventividade do técnico argentino Jorge
Sampaoli, que costuma dar certo, e dos momentos especiais do Grêmio.
O
restante é parecido. Basta um time mais modesto melhorar um pouco para igualar
ou superar os considerados mais fortes.
Até
aonde vai chegar o Vasco? O Flamengo perdeu o encanto?
Provavelmente, o Flamengo é o time que mais sente falta do
ambiente, do Maracanã lotado. Com o português Jorge Jesus, o time teria a mesma
queda?
No
futebol sem torcida, aumentou bastante o número de torcedores de pijama. Os
mais pobres e os desempregados deveriam ter um auxílio emergencial da rica CBF,
que ganha muito dinheiro com o futebol, para comprar o pay-per-view de seu
time, a pipoca e a cervejinha no domingo, com moderação.
Um toque de leveza para viver bem https://bit.ly/2XgnENa
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