Nova Canção do exílio
Chico de Assis
Meu exílio não tem fim.
Ele não está na saudade
da minha terra
nem nas lembranças da guerra.
Meu exílio?
Tanto tentei estendê-lo
por entre lutas e sonhos
por entre amores e beijos.
Mas meu exílio
é um sol — sem brilho.
Uma dor — sem cura.
Uma flor — sem cheiro.
Ele não se encontra
nem se encerra
em paragens distantes.
Ele está bem perto.
Dentro de mim
como de resto
nas coisas que senti
andando a esmo.
Eu sou
um exilado de mim mesmo.
Ele não está na saudade
da minha terra
nem nas lembranças da guerra.
Meu exílio?
Tanto tentei estendê-lo
por entre lutas e sonhos
por entre amores e beijos.
Mas meu exílio
é um sol — sem brilho.
Uma dor — sem cura.
Uma flor — sem cheiro.
Ele não se encontra
nem se encerra
em paragens distantes.
Ele está bem perto.
Dentro de mim
como de resto
nas coisas que senti
andando a esmo.
Eu sou
um exilado de mim mesmo.
[Ilustração: Pablo Picasso]
Viver em quarentena não é fácil https://bit.ly/2Xm2lK5
Um comentário:
Parabéns poeta, suas palavras me emociona.
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