Na trincheira de luta

Fé na força da juventude

Felix Valente, no Facebook

“Eu acredito é na rapaziada
Que segue em frente e segura o rojão
Eu ponho fé é na fé da moçada
Que não foge da fera e enfrenta o leão.”

Assim cantava o imortal Gonzaguinha. Pois é. Tava faltando. Felizmente, não falta mais. A juventude veio se juntar, e animar, os lutadores de sempre. Mais uma vez. Ocupou as ruas e, agora, conclama: ocupa geral. Reocupou seu lugar na História. Empunhando as velhas bandeiras de guerra, da UNE e UBES revigoradas. Ou novas, como as do Levante Popular. Ou mesmo as tradicionais, e não menos importantes, dos partidos políticos e dos movimentos sociais. A gurizada está nas escolas, nos parlamentos, nos escrachos públicos. Criativa, alegre, mas firme e valente. Despertando ações em cadeia, neste momento difícil e triste da vida nacional, que fazem renascer a esperança e a disposição para lutar. É o sem terra que leva produtos da reforma agrária para alimentar quem resiste na ocupação. É o professor que dá uma verdadeira aula de cidadania e política para estudantes e policiais militares prestes a se enfrentarem. É o artista famoso que sobe o morro ou vai aos pontos de conflito para levar seu apoio. E sua arte. Como cantou Milton.

“Com a roupa encharcada e a alma
Repleta de chão
Todo artista tem de ir aonde o povo está
Se foi assim, assim será
Cantando me desfaço e não me canso
De viver, nem de cantar”.

E nós??? Nós não cansamos de viver e de cantar. Os golpistas já perderam esta guerra. O Brasil nunca mais será o mesmo. E não será como eles querem. Será o Brasil desta rapaziada. E eu??? Eu vou junto, cantando como Vandré:

“O que sou nunca escondi
Vantagem nunca contei
Muita luta já perdi
Muita esperança gastei
Até medo já senti
E não foi pouquinho não
Mas fugir nunca fugi
Nunca abandonei meu chão."

#VaiTerLuta

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