UJS: com nossos princípios, pelo Brasil
Nilson Vellazquez, em seu blog
Nestes momentos, as ideias são como bússolas. Umas a indicar
orientação firme e duradoura; outras, impotentes frente à violência do
maremoto, conduzem para o naufrágio
Aldo Rebelo - primeiro presidente da UJS
Em meio à
gravidade de crises como a que o Brasil vive atualmente, cujos riscos de
desmantelamento da economia nacional, de perda de direitos conquistados a duras
penas e, principalmente de perda dos direitos democráticos, é muito comum,
sobretudo entre os mais jovens, reações radicalizadas, longe do equilíbrio
necessário para entender a natureza da crise. De um lado, aqueles que sucumbem
às pressões da ideologia neoliberal, que, no caso do Brasil atualmente ignoram
os fatores externos e atribuem todas as mazelas ao "mal da
corrupção"; do outro, os que acreditam que uma "guinada à
esquerda" que faria todas as mudanças que os povos e trabalhadores
precisam depende única e exclusivamente da vontade, desprezando-se a correlação
de forças e as idiossincrasias nacionais e sua história.
A UJS, organização de jovens fundada em
1984, assim como o PCdoB, nunca agiu para que fossem agradados os ânimos do
senso comum, mas em comunhão com seus princípios, de defesa da juventude, do
socialismo e do Brasil. Esses princípios permitiram que durante, seus mais de
30 anos de história, essa organização, embora jovem, buscasse o equilíbrio,
ousadia e táticas corretas para enfrentar os desafios de seu tempo. Segundo
Aldo Rebelo, "a UJS nasceu como necessidade da retomada de um projeto de
organização da juventude em torno das ideias avançadas, da luta pela
democracia, pela independência nacional e pelo socialismo."
Esses princípios permitiram que a UJS,
sempre que necessário, assumisse a linha de frente nos mais variados episódios
da história recente de nosso país em que foi chamada à luta. Mesmo que vários
brasileiros tenham sucumbido à micropolítica da "popularidade", ou às
pressões midiáticas que diuturnamente jogaram contra os projetos de mais
liberdade, justiça social e soberania nacional.
Assim, sem titubear, a UJS apoiou a
candidatura de Lula em 89, assim - entendendo o papel central da defesa da
soberania nacional - promoveu diversas campanhas em defesa da Amazônia, assim
defendeu o impeachment de Collor, por entender o projeto que o mesmo tentava
aplicar - o neoliberalismo. Foi através da prática que foram demonstrados os
princípios em defesa do socialismo, nos diversos atos anti-imperialistas,
contra a guerra do Iraque, contra G.H Bush, etc.
Essas decisões políticas estão
centradas num inquebrantável sentido de classe dado às decisões políticas que a
organização toma. É na justa comunhão das palavras juventude, socialismo e
Brasil que se impulsiona a defesa de Lula, da figura valiosa que o mesmo
representa para o Brasil, para a esquerda e para a juventude. Foi por entender
o caráter de classe das lutas políticas travadas no Brasil desde a eleição de
Lula que defendemos o seu governo em 2005 no auge da crise do mensalão.
Por isso, mais do que nunca, as ideias
são como bússolas. Em tempos de dificuldade, ter certeza do projeto que
pretendemos construir é central, para não sucumbir a posturas liberais,
esquerdistas ou pragmáticas. Os princípios de classe, anti-imperialistas e nacionalistas
precisam estar acesos para fazer explodir ainda mais a vontade de milhares de
jovens invadirem as ruas em defesa do Brasil. Dias assim valem por anos.
Exércitos como a UJS valem por milhões. Com nossos princípios, pelo Brasil,
vamos à luta!
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