22 setembro 2020

Palavra de poeta


Resiliente
Chico de Assis

Não é comum
o cárcere onde me encontro
nem traz as grades férreas
do passado.

Ele remete às curvas
do presente que antecedem
as brumas labirínticas
do futuro.

Lá foi-se o tempo
de amor perene
esvaído em gotas
de dor recorrente.

Agora é tempo
de horror silente
em meio a trevas
que anunciam o sempre.

[Ilustração: Edvard Munch]

A boa leitura para viver melhor https://bit.ly/2X71T2g

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