Veredas
Chico de
Assis
Vomito palavras
pelos arredores fúnebres
da minha vida.
E nos canteiros por onde
as fui plantando
nasceram cactos
que semelham à morte.
O retrovisor da História
nos aponta pontos
que apagam nas ciladas
da noite
e acendem nas caladas
da manhã.
São vagalumes que iluminam
a senda dos proscritos
e enchem de confiança
a generosa trilha
– filha da esperança.
Não sei por quanto
tempo a percorremos.
Nem sei por onde fomos
ou aonde ainda vamos.
Só sei que ao devastar
essa trilha
(que a lugar nenhum nos levou)
nela deixamos os rastros
do que de maior fizemos
e do melhor que somos
Vomito palavras
pelos arredores fúnebres
da minha vida.
E nos canteiros por onde
as fui plantando
nasceram cactos
que semelham à morte.
O retrovisor da História
nos aponta pontos
que apagam nas ciladas
da noite
e acendem nas caladas
da manhã.
São vagalumes que iluminam
a senda dos proscritos
e enchem de confiança
a generosa trilha
– filha da esperança.
Não sei por quanto
tempo a percorremos.
Nem sei por onde fomos
ou aonde ainda vamos.
Só sei que ao devastar
essa trilha
(que a lugar nenhum nos levou)
nela deixamos os rastros
do que de maior fizemos
e do melhor que somos
[Ilustração: Ismael Nery]
Poesia em tempo de resistência https://bit.ly/2YxgGUL
2 comentários:
Assis, como sempre, mais um lindo poema. Não há cacto sem flor.Um abraço timbu-alvinegro
Assis, como sempre, mais um lindo poema. Não há cacto sem flor.Um abraço timbu-alvinegro
Postar um comentário